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Entre nós


Me perguntaram qual era o campo de pesquisa das Ciências Sociais. Poderia dizer que é a política, a economia, a educação, o meio ambiente, a cultura, a religiosidade. Pois bem, esses são na minha compreensão pretextos, contextos, para ir ao ponto de partida e de chegada. Poderia acabar minha reflexão neste parágrafo, pois o campo de pesquisa social é o encontro humano. Nem só humano, nem só encontro, mas o que está entre humanos em um encontro.

Um indíviduo só faz parte da humanidade, porque somos muitos seres, um único ser não poderia tornar-se humano sozinho. Carecemos de relacionar-se para nosso desenvolvimento humano, obviamente. Poderia falar de escolas e professores, onde o foco está nesse desenvolver de capacidades, mas falo de todo encontro humano.

Ninguém sai ileso de ninguém, mesmo uma troca de olhar é registrada em nossa memória e nossa percepção, e se falamos? E se fazemos algo juntos?

Nosso corpo reage, registra, mas tem algo supra sensível que não vemos, mas que de alguma maneira percebemos em alguns dos nossos encontros. Poderia falar de simpatia e antipatia, mas de fato, é sempre mais sobre nós mesmos do que sobre o outro. Pois somos reagentes aos outros seres humanos, e podemos criar reações em cascata. A isso chamamos fenômenos sociais.

Cascatas criam formas, e formas criam padrões.

O convite é entre! Entre em nós! É uma sala onde podemos estar sem pressa de descobrir o que não dá, mas com uma infinita possibilidade do que é possível.

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